10 passos antes de te pores a andar #2

Este é o post #2 na série “10 passos antes de te pores a andar”, onde partilhamos os 10 passos mais importantes que demos para começar a nossa longa viagem, e aqueles que consideramos essenciais para alguém que deseje uma vida de (mais) viagens.
#2 – Um plano, qualquer que seja
Ele seguia um pouco por estas linhas: “Vamos passar uns meses a viajar pelo Sudeste Asiático, começando no Vietname e passando por países como Laos, Camboja, Tailândia, Malásia, Indonésia, .. e depois, à medida que as temperaturas nessa região forem subindo (ainda mais) com a chegada dos meses de Verão, vamos nós também subindo, passando a Hong Kong, Taiwan e eventualmente Coreia do Sul e Japão.
Ali em cima chamei-lhe “plano algo solto na cabeça”, não foi? Pois, na verdade tratava-se mais de uma “ideia muito solta algures no espaço”. Tanto assim era que os primeiros 8 meses de viagem nos viram visitar “apenas” o Vietname, Tailândia, Malásia e Singapura, sendo que só ao 9º mês acabámos por chegar a Taiwan. Hong Kong ainda nos vai ver por 5 dias naquele que é o 11º mês de viagem (é já amanhã! ? ? ? ), mas a Coreia e o Japão foram recebendo aquele empurrão de barriga maroto como quem diz “sosseguem lá um pouco que a gente já aí vai”. E vamos, só que não poderá ficar já tudo visto logo ao primeiro capítulo.

Chegar a uma nova cidade ou país, ver os monumentos mais emblemáticos, tirar a foto mais batida e passar para o próximo é algo que se faz rapidamente. Mas não é esse o tipo de viagem que decidimos fazer. Decidimos logo à partida que iríamos levar o nosso tempo e tentar experienciar mais a fundo o que é viver em cada um dos sítios que visitarmos. Isto significa não ter pressa, e significa criar relações e viver experiências que à partida não estariam acessíveis a visitas curtas.
Mas isso será conversa para outro(s) dia(s)..

Enquanto pensam sobre quanto tempo irão viajar, e quais os destinos (ou vá, pelo menos qual o primeiro destino), terão necessariamente que encontrar pontos de comparação entre as várias opções de destino.
Obviamente, estes pontos irão variar para cada um. Para nós foi particularmente importante olhar para o custo de vida, índices de segurança e criminalidade, facilidade em conseguir visto de entrada no país, acesso à saúde e o clima. Outros temas que saltam à vista têm que ver com cultura, comida, transportes ou o idioma falado (e fluência de inglês por parte dos locais).

Depois de se terem dedicado a reflectir sobre quais os aspectos que são, para vocês, os mais relevantes para uma vivência (ou uma passagem) noutros pontos do mundo, chega a altura de pegar no Google e começar a investigar.
Ah! Para que não haja dúvidas, também se devem considerar “aspectos relevantes para vivência” coisas como “facilidade em encontrar um campo de futsal e pessoal para jogar regularmente”, “densidade de all-you-can-eat buffets de dim sum por quarteirão” ou “distância para o parque temático da Hello Kitty mais próximo”.
Quanto à investigação, estes são alguns sites que considerámos úteis para o nosso planeamento inicial, e aos quais continuamos a recorrer sempre que necessário.
Além disso, atendendo ao ritmo lento em que andamos a viajar, é também sempre muito importante para nós estarmos ao corrente dos prazos relacionados com o visto para cada país. Por exemplo, com um simples visto à chegada, a Indonésia e as Filipinas apenas permitem estadias de um mês, enquanto que Taiwan e Malásia permitem estadias de 90 dias (benditos sejam).
É possível consultar informação mensal sobre quais as condições climatéricas em cada região diferente dentro de cada país, o que é sempre útil para evitar épocas de monções, por exemplo.
Como bónus, este site oferece ainda uma listagem completa das festividades em cada país e região.
De um ponto de vista mais prático, o Wikitravel ajuda-nos a saber mais sobre que transportes utilizar, que línguas são mais faladas, quais as atracções turísticas mais populares no país ou com que esquemas (“scams”) devemos ter cuidado.
Visitem a nossa página de Ferramentas para consultarem estas e muitas mais recomendações de sites, apps, mapas, listas e outros serviços que, esperamos, serão úteis para vocês também. E serão direccionados não só à fase de planeamento da viagem, mas também a tudo o que vem daí.


Depois de fazer ouvidos moucos por alguns anos, nós decidimos finalmente dar ouvidos a essa voz interior e, 10 passos depois, estávamos a voar em direcção ao nosso objectivo. (fun fact: na cabeça do Miguel, ela assemelhava-se imenso à voz do Chuck Norris. Quem é que não quereria ouvir essa voz?? É como ouvir o doce cantar de um rouxinol com barba dentro da vossa cabeça! ? )
Se nesta altura estão mais numa de pensar em aventuras do que em cházinho (se bem que há cházinho bem bom aqui no extremo oriente, claro), o nosso próximo post da série “10 passos antes de te pores a andar” irá abordar a próxima etapa na vossa demanda, a parte do “Ok! Já sei para onde é que vou! E agora, o que é que faço?”, onde iremos falar de montes de coisas porreiras que podem querer fazer quando estiverem numa viagem destas. Sim, porque coisas porreiras para fazer é o que não falta, não se preocupem.
Até lá, boas decisões!

Sobre nós

Um dia, a Mariana e o Miguel foram viajar e esqueceram-se de voltar.
Melhor. Esquecimento. De sempre.
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Créditos
Fonts used:
Tobi Dirt Family, Janmeid and Peral by Rodrigo Typo
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Para “introdução / prefácio /…” não está mal, até diria que está muito bom, ou seja que gostei muito!… Mas passem lá a mostrar “sensações” diferentes das que temos aqui “parados”, tipo fotos, dicas, pensamentos, enfim o que vai acontecendo na vida, de quem assim vive!… Isto para começarem a pensar no tal “livro de viagens”…
Oi oi, MZ. Obrigado por mais um comentário 🙂
Tudo a seu tempo, mas sem preocupações que temos muita partilha dessas tais “sensações” reservada para futuros posts.
Além dessas, achamos importante também partilhar quais foram as nossas reflexões (e consequentes acções) que tornaram possível tudo o resto que daí veio.
Enquanto o conteúdo aqui no blog não o vai satisfazendo, recomendamos que nos acompanhes também no nosso Instagram (não é preciso ter conta). Hoje por exemplo, tens uma fotografia do Miguel numa praia em Phuket, na Tailândia.
Muito obrigado e abraço forte 🙂