2017.09.06

Quando começámos a nossa longa viagem pelo Sudeste Asiático, estávamos bastante certos de que Singapura acabaria por ser uma das paragens. Porque quer dizer, toda a conversa que se faz sobre o país pequenito que cresceu para se tornar uma das economias de topo no mundo inteiro acaba por deixar uma pessoa curiosa por fazer uma visita, não é?
..bem, pelo menos uma pessoa que tenha interesse por grandes cidades, como por acaso nós até temos.
Agora, o que não esperávamos era ficar por lá muito mais que três ou quatro dias, porque digamos que a nossa carteira tem uma espécie de alergia aguda a sítios como Singapura. Deve ser do clima.
Mas foi então que apareceu uma óptima oportunidade no Workaway, e acabámos por conseguir ficar lá a participar num projecto por três semanas (com mais uma semana extra no nosso retorno à ilha, quando um amigo nosso de Portugal lá foi para uma conferência ? ).
Neste post, vamos dar-vos um gostinho de Singapura, através de algumas fotografias que tirámos e de umas poucas coisas que lá aprendemos sobre este pequeno e enorme país.
Sintam-se à vontade para se juntarem. Tenham só a atenção de deixarem a pastilha elástica à porta, por favor.

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Plantada na ponta sul da Península Malaia, a ilha onde se estabelece hoje a rica e super desenvolvida Singapura era não mais que uma relativamente pequena vila piscatória, até à chegada do britânico Sir Thomas Raffles, em 1819, altura em que se tornou um importante posto de troca para o então Império Britânico.

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Em 1963-65, logo após a independência conseguida com o final da era colonial, ainda foi feita uma curta tentativa de que Singapura passasse a pertencer à Federação da Malásia. Mas não demorou muito até que o governo federal e o principal partido da pequena cidade-estado entrassem em desacordo relativamente a políticas sociais e de igualdade racial, o que resultou na divisão dos dois países como os conhecemos hoje.

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Pela mão de um governo que é apontado por alguns como um estado autoritário e limitador da democracia e das liberdades políticas dos cidadãos, Singapura tornou-se em 50 anos num dos países mais desenvolvidos do mundo, e é elogiado pelos baixos índices de corrupção e criminalidade, além do baixo desemprego e elevado nível de vida.

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Singapura impressiona logo à chegada, tanto pela concentração de enormes e modernos arranha-céus no seu centro financeiro, como pela surpreendente fusão que promove entre estes gigantes de metal, vidro e cimento, e as frondosas árvores, arbustos e flores que tornam o verde uma presença dominante por toda a ilha, mesmo nas zonas mais urbanizadas.

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A pequena cidade-estado justifica assim o seu cognome “Garden City”, através de incentivos do estado e de um planeamento urbano que é feito sempre com uma forte perspectiva ambiental (além de estética). Daí que seja comum avistar por toda a cidade jardins verticais, terraços verdejantes e até edifícios de arquitectura inovadora que integram autênticas fachadas vivas, do que é óptimo exemplo o Oasia Hotel Downtown.

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Algumas das “super-árvores” dos Gardens by the Bay atingem os 50 metros de altura, e recolhem energia solar, sendo que parte é depois utilizada para o espectáculo nocturno de luzes e música clássica.

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Quase 75% da população de Singapura é de etnia chinesa, com cidadãos de origem malaia e indiana a comporem a maioria do restante. Políticas de quotas para residentes asseguram a chamada “integração étnica”, o que significa que a população em cada edifício ou quarteirão deve reflectir as proporções étnicas do país.

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O merlion — que é tipo uma sereia (“mermaid”) mas onde a “maid” foi trocada por um “lion” — é o símbolo que Singapura adoptou como sua “personalidade nacional”, reflectindo também o significado original do seu nome em sânscrito “Terra do Leão”. Esta foi a maior estátua de um Merlion que encontrámos durante a nossa estadia, e vimo-lo na nossa curtíssima visita a Sentosa, uma ilha menor de Singapura onde também se podem encontrar parques temáticos, praias e resorts.

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Fala-se sempre de Singapura como o país mais limpo, organizado e seguro do mundo. E todas essas características estão claramente à vista de todos. Não se fala tanto do preço a que vem essa limpeza, organização e segurança — uma sociedade altamente policiada. É comum ver anúncios públicos com as várias regras de conduta a seguir em determinado espaço, e também as punições em caso de desrespeito, que por vezes passam pelas infames chibatadas.
Fim

Sobre nós

Um dia, a Mariana e o Miguel foram viajar e esqueceram-se de voltar.
Melhor. Esquecimento. De sempre.
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Créditos
Graphics used The Watercolor Branding Kit and Mammoth Watercolour.
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