Mas o que raio é isso do Workaway, afinal?

01 | As coisas que nos permitiram partir
02 | Mas que raio é isso do Workaway afinal?
03 | Mas isso do work exchange é mesmo uma cena?
04 | Isso tá a parecer tudo muito bonito e fofinho, mas expliquem lá melhor a coisa..
05 | Então e onde se faz isso? E a fazer o quê mesmo?
06 | How to // Criar um bom perfil de Workaway
07 | How to // Encontrar um anfitrião fixe…
08 | How to // ..e mandar-lhe uma mensagem como deve ser
09 | How to // Algumas dicas para uma primeira experiência no Workaway
10 | Custos
11 | Outros sites de work exchange
12 | Foram vocês que pediram alguma inspiração?
13 | Prontos para começar?
AS COISAS QUE NOS PERMITIRAM PARTIR
AS COISAS QUE NOS PERMITIRAM PARTIR
Ao pararmos para pensar nas coisas que nos permitiram começar a viajar a longo prazo, há duas categorias que vêm à cabeça: aquelas que tornaram essa mudança possível, e aquelas que de algum modo a facilitaram.
Dentro daquilo que tornou o salto possível, encontramos coisas como:
- a decisão definitiva que tomámos sobre o que queríamos para as nossas vidas naquele momento. E o facto de que nos mantivemos fiéis a esse objectivo
- a oportunidade de poupar (com muuuito autocontrolo à mistura) o dinheiro suficiente para nos sentirmos confortáveis com a ideia de deixarmos o nosso estilo de vida de então, para procurarmos outra forma de a viver
- as nossas famílias, que felizmente não dependem da nossa presença e que são compreensivas ao ponto de, embora a separação lhes tenha obviamente custado, não deixarem de nos apoiar na decisão por perceberem o quão importante ela foi para nós
- naturalmente — e embora possa não ser referido vezes suficientes para mostrar o quão gratos estamos — o facto de termos nascido num contexto económico e social que nos permite tomar este rumo.
Sobre estes factores não há discussão. Todos eles tiveram — mais acima ou mais abaixo, mais à frente ou mais atrás — um papel essencial no começo desta nossa nova fase.
Já sobre o que facilitou todo o caminho, podemos referir:
- *atenção ao momento lamechas do dia* o facto de nos termos um ao outro, e de nos aturarmos dia-sim dia-sim com uma facilidade impressionante (até para nós, quando paramos para pensar). É difícil explicar o quanto a nossa dinâmica como casal/equipa reduz certos problemas e anula outros
- a autêntica explosão de uma cena chamada Internet, que veio transformar por completo a forma de viajar nas últimas duas décadas, em particular tornando o acto de viajar de forma independente bem mais acessível a muitas mais pessoas. Entre muitas outras coisas do mundo digital que facilitam sair à aventura — ferramentas, serviços e comunidades — a Internet tornou ainda possível o nosso próximo ponto…
..que é, na verdade, o assunto do nosso blog post de hoje — o Workaway.

MAS QUE RAIO É ISSO DO WORKAWAY AFINAL?
MAS QUE RAIO É ISSO DO WORKAWAY AFINAL?
Durante largos meses antes de partirmos, muita gente nos ouviu referir esta coisa do “work exchange” como se fosse a última coca-cola no deserto. E a verdade é que, passados mais de 11 meses de viagem, ainda mantemos a mesma opinião. E a cada nova experiência bem sucedida sentimo-nos um pouco mais gratos por este nos ter sido dado a conhecer.
Em meados de Janeiro de 2016, entusiasmada com a decisão que tínhamos tomado no início desse mês, a Mariana não se conteve de comentar com alguns amigos no trabalho que daí a uns meses iria finalmente experienciar a vida no outro lado do mundo. Naturalmente, entre as primeiras reacções saltou a questão incontornável do “então, mas como é que vão fazer para se sustentar durante uma viagem dessas?”. E a resposta que tínhamos para esta pergunta na altura era algo na linha de: “epá, vamos partir daqui com algumas poupanças que já temos (mais algumas que vamos fazer entretanto), e a ideia é encontrarmos trabalho remoto ou algum tipo de pequenos trabalhos que possamos fazer pela internet, independentemente de onde estivermos.” Ou seja, não era nosso objectivo fazer dinheiro nesta viagem, mas apenas cobrir ou reduzir os custos de viajar. Ainda assim, tínhamos noção de que apenas sermos muito poupadinhos no caminho não era um plano que nos iria levar muito longe nem durar muito tempo.
E foi aí que o Nuno, um dos amigos da Mariana, lhe perguntou “então e já pensaram em fazer algo deste género..?”, mostrando o site do Workaway.info. O Nuno não o tinha experimentado antes mas ao tropeçar nele tinha achado interessante o suficiente para se lembrar de o referir nesse dia — e em muito boa hora para nós. (muito obrigado, Nuno! :D)
Explicado muito por alto, o Workaway é um site que facilita o contacto entre pessoas interessadas em fazer work exchange, ou seja, a troca entre um viajante (ou mais) e um anfitrião, onde o primeiro contribui com ajuda em determinada tarefa ou função, e o segundo com alojamento e, muitas vezes, alimentação. Há quem chame a isto “working holiday”, e não é raro encontrar países onde pessoal o faz no seu “gap year”, ou mesmo durante a universidade, dentro do seu próprio país ou fora.

MAS ISSO DO WORK EXCHANGE É MESMO UMA CENA?
MAS ISSO DO WORK EXCHANGE É MESMO UMA CENA?
A primeira reacção da Mariana (e do Miguel, quando ela puxou esse assunto ao final desse dia) foi provavelmente muito parecida com aquela reacção que qualquer um de vocês tem ao nos ouvir referir o conceito de work exchange pela primeira vez, que é algo do tipo: “isto parece MUITO fixe!! …mas será que a coisa funciona mesmo a sério? Será que podemos confiar nestas pessoas? Ou devia levar uma cinta de aço ou algo do género por baixo da roupa, para que ninguém me roube os rins? É que eu gosto dos meus rins.”
Felizmente, desde então já tivemos a sorte de experienciar 14 situações de work exchange, em cinco países diferentes, pelo que podemos agora dar-vos uma visão experimentada da coisa.
Ao longo dos 11 meses em que estivemos a viajar, provavelmente passámos 90% do tempo a fazer work exchange, o que além de nos permitir poupar imenso dinheiro em alimentação e principalmente em alojamento (podem ler mais sobre isto no nosso post sobre despesas em Malaca, onde o work exchange nos poupou mais de metade dos custos, só em estadia; podem também visitar a nossa página Despesas de Viagem e ver todas as nossas despesas na viagem de 13 meses), também foi a forma perfeita de nos pôr em contacto com a cultura através de uma comunidade local que nos acolheu nas suas casas em cada um dos lugares onde o fizemos. Isto além de nos dar a conhecer pessoas que viajam em circunstâncias semelhantes às nossas.
E embora não possamos dizer que todas as 14 experiências tenham sido super bem sucedidas, a verdade é que na sua maioria, foram excelentes. E nos casos menos bons, o que aconteceu foi que a realidade que encontrámos não batia com aquilo que estava descrito no perfil do anfitrião. Mas para sermos honestos, mesmo nesses casos acabámos por viver bons momentos com os anfitriões ou outros ajudantes com quem nos cruzámos.

ISSO TÁ A PARECER TUDO MUITO BONITO E FOFINHO, MAS EXPLIQUEM LÁ MELHOR A COISA..
ISSO TÁ A PARECER TUDO MUITO BONITO E FOFINHO, MAS EXPLIQUEM LÁ MELHOR ACOISA..?
Na base do Workaway está a relação entre voluntário e anfitrião. Espera-se que ambos mantenham perfis completos e que sejam claros quanto àquilo que uns procuram e aquilo que os outros têm para oferecer. Regra geral, o anfitrião deve fornecer pelo menos alojamento, preferencialmente acompanhado de duas a três refeições diárias. Isto para que possa usufruir de ajuda durante 5 horas por dia, 5 dias por semana (o máximo definido pelo Workaway como prática comum). Não providenciando alimentação, o anfitrião deverá contar apenas com um máximo de 3 horas por dia (embora estranhamente, o Workaway não pareça dar a devida atenção ao comunicar desta parte do acordo…).
No final de cada colaboração, e para que a comunidade possa funcionar da forma ideal, tanto o voluntário como o anfitrião devem deixar um comentário onde descrevem de forma honesta a experiência da sua perspectiva, para que as restantes pessoas que usam o site possam saber com o que contar antes de se comprometerem com um ou com o outro.
E o objectivo é que tudo isto tenha lugar num ambiente de respeito e partilha cultural que trazem um novo significado ao acto de viajar e o tornam numa experiência muito mais profunda, gratificante e memorável.

ENTÃO E ONDE SE FAZ ISSO? E A FAZER O QUÊ MESMO?
ENTÃO E ONDE SE FAZ ISSO? ALI NA ESPANHA? E A FAZER O QUÊ?
Logo assim que aterrarem no site, vão descobrir que o Workaway pode ser a vossa porta para o Mundo. Existem dezenas de milhares de projectos (mais de 30.000, parece) um pouco por todo o planeta. Se olharem para a lista de anfitriões presente no site, vão encontrar oportunidades em países como o Irão, a Tanzânia, as Filipinas, a Colômbia ou mesmo naquele destino muito exótico que é Portugal. E embora o número de oportunidades disponíveis varie bastante de país para país, o mais interessante é encontrar necessidades de ajuda tão diferentes em cada lugar.
Falando nisso, quanto ao tipo de experiências que podem encontrar, digamos que podem ser um pouco de tudo, dependendo daquilo a que estão dispostos e do que vos desperta o interesse. E não se preocupem! O tipo de pessoa e organização que procura ajuda neste tipo de sites não está habitualmente à espera de um engenheiro civil para os ajudar a construir uma casa, ou um professor universitário para ajudar a ensinar inglês. Vão rapidamente perceber — se não o sabem já — que são capazes de ajudar numa variedade de trabalhos, mesmo que inicialmente não sintam ter as “qualificações” ou experiência necessárias.
Para terem uma noção, partilhamos abaixo algumas das coisas que fizemos ao longo dos últimos meses:
- ensinámos e praticámos inglês com pessoal dos 20 aos 30 (e também crianças a partir dos 2 anos..) em Ho Chi Minh City, Sapa e Hanoi, no Vietname
- fizemos babysitting (incluíndo idas à praia, claro) em Phuket, na Tailândia
- pintámos um mural e fizemos outras decorações com o tema Iron Man, além de olhar por uma cachorrinha e experimentar óptima comida indiana em Georgetown, na Malásia
- fizemos limpezas e jardinagem (com muitos mantras e comida vegetariana brutal pelo meio) num templo Hare Krishna em Penang, na Malásia
- ajudámos em homeschooling e a fazer experiências com pão sourdough e bebidas com kefir e kombucha, em Singapura
- trabalhámos na recepção de uma guesthouse e aprendemos um pouco mais da história dos Descobrimentos Portugueses (e dos holandeses, britânicos e malaios, claro) em Malaca, na Malásia
- servimos à mesa num resort e nadámos com tubarões, tartarugas e moreias nas espectaculares Perhentian Islands da Malásia
- ajudámos em hostels e guesthouses em Taichung, Tainan, Hualien e Taipei, em Taiwan
E embora tenha sido uma ferramenta importante para pouparmos dinheiro durante a viagem, temos a confessar que a principal razão pela qual não nos faltam elogios ao Workaway é que fez o excelente trabalho de nos colocar bem no meio de lugares, aventuras e grupos de pessoas que de outra forma nunca na vida teríamos possibilidade de conhecer e de viver. Alguns exemplos abaixo:
- em Singapura, conhecemos um puto de 11 anos muita fixe que com certeza um dia vai ser um profissional de freestyle scootering (a sério! curtam lá isto!)
- em Ho Chi Minh City, no Vietname, fomos ao karaoke com um grupo de 20 pessoas de diferentes nacionalidades (a maior parte, locais)
- em Sapa, também no Vietname, fomos levados a ver vistas brutais na montanha (e beber chá), às costas de novos amigos vietnamitas, nas suas motas
- em Taiwan, fomos modelos numa sessão fotográfica com cãezinhos para uma marca local de transportadoras de animais de estimação
- em Ho Chi Minh City (mais uma vez) levaram o Miguel a jogar futebol com os seus grupos de amigos
- em Penang, na Malásia, levaram-nos a presenciar uma longa e interessante cerimónia Hare Krishna na privacidade da casa de uma família de praticantes, que acabou com um buffet de comida vegetariana espectacular
- um pouco por todo o lado, fomos guiados por locais a experimentar comidas que sozinhos nunca nos sentiríamos à vontade para pedir

HM.. ISTO ESTÁ TUDO A SOAR HORRÍVEL.. MAS IMAGINEMOS QUE TENHO ALI DUAS SEMANAS LIVRES, DAQUI A UNS MESES.. ONDE É QUE ME INSCREVO?
HM.. ISTO ESTÁ TUDO A SOAR HORRÍVEL.. MAS IMAGINEMOS QUE TENHO ALI DUAS SEMANAS LIVRES, DAQUI A UNS MESES.. ONDE É QUE ME INSCREVO?
Para aqueles que possam estar interessados — ou até a ponderar experimentar work exchange —, queremos deixar algumas dicas fruto do que temos aprendido durante este último ano a viajar e a utilizar regularmente o Workaway.
How to // cRIAR UM BOM PERFIL DE WORKAWAY
Tirem tempo para compôr um perfil honesto, pensado e claro.
Lembrem-se de que esta vai ser a vossa principal ferramenta para persuadir aquele potencial anfitrião que vocês tanto querem impressionar, por isso certifiquem-se de que descrevem bem as competências que têm, algumas experiências que vos tenham marcado e a vossa maneira de estar (falem de vocês como pessoas e não como peças numa organização. Lembrem-se, isto não é o LinkedIn). Dizer com que línguas se sentem à vontade também pode ser muito útil (embora o inglês nos tenha chegado para todos os países que visitámos até agora).
Como já referimos neste post, não entrem em stress se acharem que não são especialistas em nenhum campo em particular. No Workaway vão encontrar montes de oportunidades para ajudar mesmo nas tarefas mais básicas, como fazer camas, apanhar fruta, levar cães à rua, escrever, fazer limpezas, conversar, cozinhar, …
Para referência, podem sempre dar uma vista de olhos no nosso perfil de Workaway (bónus para quem conseguir encontrar a Mariana a fazer uma excelente imitação de caranguejo). Infelizmente, apenas membros com conta activa podem ler os comentários de feedback que deixámos aos nossos anfitriões, mas dêem-nos um toque se quiserem exemplos reais. Para referência adicional relativamente ao aspecto de um bom perfil, passem os olhos pelo óptimo exemplo dos nossos amigos Charlotte e Danilo, um casal que conhecemos em Phuket (e encontrámos novamente em Penang, Malásia) e que são Embaixadores Workaway.
HOW TO // ENCONTRAR UM ANFITRIÃO FIXE…
Ao procurarem um anfitrião, leiam com atenção toda a informação presente nos perfis que consultarem, e não prestem só atenção ao conteúdo, mas tentem também perceber o envolvimento e dedicação que cada anfitrião pôs na criação do perfil. Esta pode ser uma boa forma de perceberem o quão empenhado um potencial anfitrião está, e consequentemente o quão fiável podem esperar que ele seja durante a vossa colaboração
Além da informação que é posta online pelo próprio anfitrião, façam questão de ler o feedback deixado por anteriores “workawayers” (ya, esse é o termo muitas vezes utilizado no site para se referir aos voluntários). Na nossa opinião, será sempre mais seguro se cobrirem a coisa de várias perspectivas.
Se sentem que a informação fornecida não é completa ou consistente, mas ainda assim estão interessados nesse projecto particular (talvez por ser o único por perto que envolve alpacas — nós compreendemos completamente), contactem directamente outros voluntários que tenham deixado feedback nesse perfil específico. Usámos várias vezes este método e foi-nos útil tanto para escaparmos a uma situação mais duvidosa como apenas para validar a nossa escolha deste ou daquele anfitrião. Afinal, aquilo que uma pessoa está disposta a deixar escrito num feedback público pode ser bem diferente do que vos podem dizer numa mensagem privada.
Se chegarem a um perfil que, além de passar informação incompleta ou pouco clara, também não tem qualquer feedback de outros voluntários, esqueçam. Passem para o próximo.

HOW TO // ..E MANDAR-LHE UMA MENSAGEM COMO DEVE SER
No entanto, a forma ideal de fazer a melhor avaliação de um potencial anfitrião passa pelas mensagens privadas trocadas com o próprio. Escrevam sempre uma mensagem adequada ao perfil a que se estão a candidatar. E além de darem a informação mínima necessária — como, por exemplo, as datas que vos seriam convenientes — tentem complementar a informação que têm no vosso próprio perfil pessoal com algumas novas referências que se adequem especificamente ao projecto e anfitrião em questão, entrando em algum detalhe sobre a forma como as vossas competências são as ideais para o ajudar naquilo que ele precisa.
Durante essa troca de mensagens, aproveitem para tirar quaisquer dúvidas que tenham para que estejam o mais confortáveis possível para dizer “Sim, podem contar comigo!”. As questões a fazer irão sempre depender da informação que o anfitrião tiver no seu perfil, mas por vezes fará sentido perguntarem coisas como “as 5 horas serão consecutivas, ou devo contar com trabalho de manhã e à tarde?” ou “terei acesso a wifi apenas na zona onde irei trabalhar, ou também no quarto onde irei ficar?” ou ainda “irei partilhar quarto? Com quantas pessoas? E gatinhos, vai haver gatinhos??”.
Na nossa experiência, fazer uma boa avaliação dos anfitriões antes de nos comprometermos com eles tem dado óptimos resultados. Ter uma ideia concreta sobre as condições de vida e as tarefas que nos esperavam deu-nos sempre mais confiança para o momento em que chegávamos a um sítio novo. E tenha sido fruto do cuidado que tivemos na escolha de projectos, tenha sido pelo facto de o próprio Workaway ter os seus próprios critérios de qualidade, nunca nos sentimos desconfortáveis na casa de um anfitrião, nem tivemos quaisquer razões para desconfiar das 14 pessoas (ou grupos de pessoas) que nos acolheram desde o início da viagem.
Ah, e lembrem-se de fazer os vossos contactos com alguma antecedência sobre a data prevista de chegada! Mesmo que vocês possam ter um calendário flexível para a vossa viagem, isso não significa que todos os anfitrões terão tanta margem de manobra como vocês. Cerca de um mês de antecedência é provavelmente suficiente na maior parte dos casos, mas haverá excepções com certeza. Para a nossa primeiríssima experiência de Workaway, que foi ensinar/praticar inglês em Ho Chi Minh City, entrámos em contacto com a nossa anfitriã vietnamita cerca de dois meses antes, quando ainda estávamos em Portugal, e até fizemos uma video-chamada para que ela pudesse confirmar o nosso domínio de inglês. Já numa outra vez em Taiwan — bem mais tarde na nossa viagem — contactámos um anfitrião num dia, e começámos a ajudá-lo no dia seguinte! Mas não recomendamos este tipo de abordagem, claro. Isto embora existam os chamados “anfitriões de último minuto”, para situações mais urgentes.
Se fizerem um contacto com bastante antecedência, não deixem de dar um toque uma semana ou alguns dias antes, para confirmar que está tudo como previsto e para dar uma estimativa mais certeira de dia e hora de chegada.

HOW TO // ALGUMAS DICAS PARA UMA PRIMEIRA EXPERIÊNCIA NO WORKAWAY
Parece-nos super-óbvio, mas não queremos deixar de destacar o quanto uma primeira experiência no Workaway pede que tenham atenção especial. Afinal, supomos que se trate de uma experiência nova para a maior parte das pessoas, e uma que pode exigir um certo grau de confiança — no próprio e também na pessoa que estará a receber. Façam tudo para que a vossa “estreia” seja 5 estrelas, e não temos dúvidas de que não vão querer parar. Pelo menos foi o que nos aconteceu a nós.
Para ajudar, partilhamos convosco alguns cuidados que devem ter neste primeiro contacto com o Workaway:
- escolham um anfitrião que procure mais de um voluntário para o seu projecto. É sempre mais fácil se tiverem colegas com quem se possam enturmar desde o momento em que chegam
- peçam outra forma de contacto para casos de emergência ou se tiverem dificuldade em encontrar o local. Whatsapp e Facebook costumam ser boas opções
- se for um negócio, como uma guesthouse ou um centro de estudo de línguas, peçam o nome da Página de Facebook ou o nome do estabelecimento para que possam pesquisar no google
- tal como é uma boa prática chegar a uma nova cidade desconhecida de manhã e com o sol a brilhar, tentem também chegar cedo à localização do vosso primeiro Workaway. Vão ver que torna mais fácil todo o processo de adaptação, e mesmo alguma deslocação adicional que possam ter que fazer até ao local específico onde irão viver
CUSTOS
CUSTOS
Relativamente a preços, o Workaway cobra um valor anual de US$32 por uma conta individual ou US$42 para uma conta conjunta de duas pessoas (uma boa opção se tiverem a certeza de que irão viajar a dois por algum tempo). Ou seja, é uma pechincha que se paga a ela própria no primeiro projecto em que participarem. Como já saberão se tiveram a curiosidade para clicar em alguns dos links acima (e porque não teriam tido, hein?), não é necessário pagar para ver os lista de anfitriões espalhados pelo mundo. É apenas necessário ter uma subscrição ativa quando pretenderem contactar directamente um projecto.
Para ser anfitrião Workaway, é totalmente gratuito.
OUTROS SITES DE WORK EXCHANGE
OUTROS SITES DE WORK EXCHANGE
Obviamente, o Workaway não é o único site do mundo dedicado ao work exchange, embora seja um dos mais populares.
Foi, no entanto, o único que utilizámos até hoje, pelo que é dele que podemos falar com conhecimento de causa.
Ainda assim, se quiserem explorar outras opções dentro do mesmo conceito, aqui estão alguns sites que conhecemos mas (ainda) não experimentámos:

FORAM VOCÊS QUE PEDIRAM ALGUMA INSPIRAÇÃO?
FORAM VOCÊS QUE PEDIRAM ALGUMA INSPIRAÇÃO?
Só para terminar, gostávamos de vos deixar alguns exemplos de anfitriões cujos perfis nos deixaram entusiasmados e que, quem sabe, vos poderão dar aquela pica adicional para procurarem o vosso primeiro Workaway:
- ajudar um tipo de São Francisco a converter um autocarro da escola (ya, daqueles amarelos) numa cozinha ambulante sustentável, com o objectivo de viajar da Califórnia à América do Sul, a ajudar em quintas e a recolher comida em excesso para distribuir refeições a quem precisa, pelo caminho
- cuidar de pequenos cangurus e cortar árvores, entre muitas outras tarefas de quinta na Austrália, no meio da natureza (porque, tipo, é na Austrália)
- tirar fotografias e promover aulas de culinária em Chiang Mai, com montes de oportunidades para aprender sobre cozinha tailandesa e akha (tribo das montanhas no norte da Tailândia)
Além destes exemplos, achamos que também deviam dar uma vista de olhos a este numa cidadezinha Inca no Peru, ou este de fazer acessórios de feltro em Istambul, ou este num rancho de bisontes no Canáda, ou ainda um centro de yoga e meditação numa ilha da Tailândia e finalmente ajudar a cuidar de cães num hotel de luxo para animais no centro de Xangai. Achamos que está um leque bastante variado, e que exemplifica bem a diversidade de experiências que se podem encontrar neste site.
PRONTOS PARA COMEÇAR?
PRONTOS PARA COMEÇAR?
Foi um post longo, mas esperamos que o tenham achado útil também. E se vos passou nem que seja uma centésima da nossa pica para se tornarem workawayers, ou talvez até anfitriões, já ficamos contentes.
Já sabem, quaisquer perguntas que tenham, estamos disponíveis para responder através do nosso Facebook.

Sobre nós

Um dia, a Mariana e o Miguel foram viajar e esqueceram-se de voltar.
Melhor. Esquecimento. De sempre.
(Leiam mais sobre nós)
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Créditos
Fonts used: Oh Wonder, Lamson Marker and Originals Typeface.
Photos used:
Cover collage, photo on the left by Nguyễn Dương or Huỳnh Phát;
HCMC collage, photo on the left by Bùi Ngọc Tú;
Sapa collage, photo on the left by Nguyễn Dương;
Taichung collage, photo on the left by Fun Hoster and photo on the right by Jane Chang of Photo Recipe.
Atenção
Alguns dos links no nosso site são de afiliados. Podemos receber compensação se fizerem uma compra após o clique. Sem quaisquer custos adicionais, claro.
muito bem! tudo lido e até vistos muitos dos links!!
a última cidade Inca deixou-me a pensar…. será que há limite de idade?
Gostámos muito!
Será que podemos fazer workaway com uma bebé às costas?! Ela dava uma mãozinha também 🙂